1. Introdução:
Como dito anteriormente, no Transtorno Ciclotímico (TC) nunca pode ter ocorrido um episódio maníaco, hipomaníaco ou depressivo maior completos. Seja em termos de quantidade de sintomas ou tempo mínimo necessário para o diagnóstico.
Trata-se de uma condição que geralmente inicia antes dos dez anos de idade. Pode representar uma pré-disposição a vários outros transtornos psíquicos, sendo que de 15 a 50% evoluirão para Transtorno Bipolar tipo 1 ou 2.
O curso tende a ser de forma insidiosa, com flutuações de sintomas hipomaníacos e depressivos. Isto quer dizer que, por
exemplo, num mesmo dia, o indivíduo pode ir da euforia à tristeza profunda ou então de um estado em que fala muito a outro em que se nega a conversar.
2. Como é feito o diagnóstico:
Os dois manuais diagnósticos mais utilizados na prática psiquiátrica são:
. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5-TR: Texto Revisado (a sigla DSM-5-TR deriva do título original em inglês: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition -Text Revision (DSM-5-TR)).
. Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 11a Revisão – CID 11 (título original em inglês: International Classification of Diseases and Related Health Problems 11th Revision – ICD 11).
A CID 11 é utilizada no Brasil oficialmente para codificação dos transtornos psíquicos. Entretanto, na prática, utilizamos o DSM-5-TR como guia diagnóstico, visto que a apresentação dos transtornos é mais completa e objetiva. Assim, os critérios diagnósticos utilizados aqui são aqueles apresentados pelo DSM-5-TR. Isto não cria discrepâncias, uma vez que os tipos de transtornos psiquiátricos e os grupos a que pertencem seguem as mesmas regras nos dois manuais.
2.1. Critérios diagnósticos:
A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior.
B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos.
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.
D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado.
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
Especificar se: Com sintomas ansiosos.
Para conhecer os sintomas de um Episódio Depressivo Maior, clique aqui, e para Episódio Hipomaníaco (descrito no artigo sobre Transtorno Bipolar tipo 2), clique aqui.
Em relação ao tratamento, segue os mesmos princípios do tratamento para Transtorno Bipolar tipo 2. Para acessar, clique aqui, e leia o item 7.
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves
Médico Psiquiatra Florianópolis
CRM/SC 20397–RQE/SC 11560