Esquemas são estruturas cognitivas que contêm as crenças mais profundas sobre nós mesmos, os outros e o mundo. Quando induzem a avaliações incorretas e enviesadas da realidade, provocando emoções, reações corporais e comportamentos negativos, são chamados de disfuncionais.
Exemplo de esquema disfuncional:
Autossacrifício
. O indivíduo busca atender sempre às necessidades alheias em detrimento da satisfação dos próprios desejos e da gratificação pessoal. Age assim de forma voluntária e não por medo de retaliação, crítica, abandono e/ou rejeição como ocorre na subjugação.
. Sente-se exageradamente responsável pelos outros, mesmo que outras pessoas apontem a necessidade de cuidar mais de si.
. Tem sensibilidade extrema ao sofrimento alheio.
. Está sempre pronto para ouvir os problemas dos outros, não conseguindo expressar os seus.
. Sente que deve sempre ser uma “boa pessoa” e assim pensar mais nos outros do que em si próprio.
. Muitas vezes tem ganhos com este esquema, tal como atrair a atenção das outras pessoas por ajudar tanto os outros.
. É comum que um dos pais ou os dois eram infantilizados e incapazes de se autogerirem, ou seja, fracos demais.
Quando se resigna ao esquema: não reconhece suas necessidades e desejos. Mesmo que se sinta desconfortável ou não consiga realizar as suas tarefas continua se doando o tempo todo.
Quando evita o esquema: apresenta sintomas psicossomáticos, tais como dor de cabeça, problemas gastrointestinais, dor crônica ou fadiga. Com isso sente-se doente e então merecedor de cuidados e atenção dos outros, deixando de se autossacrificar.
Quando hipercompensa o esquema: desenvolve raiva exagerada e irritação frente às solicitações dos outros. É egoísta e pouco empático. Fica muito ressentido quando não apreciado.
Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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