3. Transtorno no Pânico (TP):
3.1. Introdução:
O Transtorno do Pânico (TP) pode ocorrer com ou sem Agorafobia (descrita no próximo item). Estima-se que 4,5% das pessoas apresentam em algum momento de suas vidas TP, sendo que um terço destas terá também Agorafobia. Se considerarmos pesquisas em que são contabilizadas as prevalências atuais, 2,5% das pessoas adultas têm TP, sendo 1,6% sem Agorafobia e 0,9% com Agorafobia.
Como na maioria dos transtornos de ansiedade e de humor, ocorre mais no sexo feminino, numa proporção de 2 mulheres para cada homem. A idade média para diagnóstico é entre 20 e 30 anos de idade, podendo ocorrer antes, embora isto seja muito incomum.
3.2. Critérios diagnósticos conforme DSM-5-TR:
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados.
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”).
2. Uma mudança mal-adaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
A frequência dos ataques de pânico varia muito, podendo ocorrer diariamente ou até poucas vezes na semana ou no mês. Quando menos frequentes, geralmente é porque o portador de TP evita uma grande quantidade de situações que podem desencadear ataques de pânico. Estas evitações contribuem em muito para os prejuízos e as incapacidades que a condição provoca. Isto porque a vida do portador vai ficando cada vez mais limitada, a fim de evitar as situações temidas.
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves
Médico Psiquiatra em Florianópolis, Mestre, PhD
CRM/SC 20397–RQE/SC 11560