5. Tratamento:
5.1. Medicamentoso:
O tratamento medicamentoso, quando necessário, é feito de acordo com os sintomas existentes. Por exemplo, no caso de sintomas depressivos são usados antidepressivos, e no caso de sintomas de agressividade são usados antipsicóticos.
5.2. Não medicamentoso:
Atualmente o Transtorno de Espectro Autista (TEA) vem tendo muita visibilidade, especialmente pela luta dos indivíduos afetados e seus familiares, o que é admirável. Entretanto, pouco se fala nos direitos e necessidades de indivíduos com TDI, o que é lamentável.Deve ser multidisciplinar, ou seja, envolver profissionais de áreas como.
O tratamento não medicamentoso é fundamental e, infelizmente, muitas vezes ignorado. Tem como objetivo principal fomentar a independência do indivíduo afetado em todas as áreas da vida. Deve ser multidisciplinar e envolver, além do psiquiatra, outros profissionais da saúde como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicopedagogos, entre outros.Para se ter um melhor entendimento da sua importância, é importante ressaltar que casos de TDI leve, por exemplo, que não recebem tratamentos multidisciplinares na infância, podem chegar na adolescência com grau moderado de TDI. Por outro lado, alguns casos com intervenções precoces apropriadas podem adquirir as habilidades necessárias para uma vida independente e até não mais preencher critérios para TDI.
Outro ponto importante, e certamente não menos importante. A inclusão de portadores de TDI em escolas regulares é uma conquista. Entretanto, muitas vezes não recebem o suporte de que necessitam. Por exemplo, é comum receber pacientes com TDI que estão no oitavo ano do ensino fundamental e recebem aulas de reforço deste período escolar, porém ainda não estão alfabetizados. Sabe-se que casos de TDI leve conseguem ser alfabetizados em torno de dez a doze anos de idade. Desta forma, é nessa idade que se deve investir fortemente na sua alfabetização durante as aulas de reforço.
Os principais objetivos do tratamento não medicamentoso são:
. reverter ou ao menos atenuar os déficits existentes;
. auxiliar no desenvolvimento neuropsicomotor;
. aumentar a probabilidade de independência;
. auxiliar no desenvolvimento da expressão verbal e interações sociais;
. manejar comportamentos que interfiram negativamente na funcionalidade do indivíduo;
. incentivar potencialidades e capacidades que devem sempre ser identificadas.
6. Considerações finais:
Portadores de TDI apresentam dificuldades em avaliar riscos.e por isso estão mais propensos a acidentes. Além disso, na qualquer fase da vida, devido ao alto grau de ingenuidade e credulidade, estão mais sujeitos a serem vitimizados e explorados por pessoas mal intencionadas. Dessa forma, pode haver maior probabilidade de sofrerem abusos físicos e sexuais, a serem induzidos a cometer fraudes e outros tipos de contravenções, assim como dar falsas confissões.
Por fim, podem existir outro(s) transtorno(s) psíquico(s) concomitante. Os mais comuns são Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtornos depressivo e bipolar, transtornos de ansiedade e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Doenças não psiquiátricas também ocorrem com mais frequência em portadores de TDI, principalmente obesidade. Cuidadores devem estar atentos para o fato de que estes indivíduos têm dificuldades em expressar sintomas físicos e, desta forma, condições médicas clínicas podem não ser identificadas.