1. Ataques de pânico
1.1. Introdução:
Ataques de pânico são eventos relativamente comuns, sendo estimado que ocorram em até 25% da população ao longo da vida. Importante ressaltar que não ocorrem apenas em indivíduos com Transtorno do Pânico, mas também em portadores de outros transtornos psíquicos, tal como Transtorno Depressivo Maior, assim como em quem não possui diagnóstico psiquiátrico.
1.2. Critérios diagnósticos:
Ataques de pânico são caracterizados por medo, apreensão e desconforto intensos de início abrupto. Os sintomas, uma vez iniciados, aumentam progressivamente em intensidade até aproximadamente dez minutos, quando tendem a desaparecer. O indivíduo acometido frequentemente sente necessidade urgente de fugir do local em que se encontra ou então de procurar ajuda médica.
Para o diagnóstico ao menos quatro dos sintomas abaixo devem ocorrer:
1. Palpitações, coração acelerado ou taquicardia;
2. Sudorese;
3. Tremores ou abalos;
4. Sensações de falta de ar ou de sufocamento;
5. Sensações de asfixia;
6. Dor ou desconforto torácico;
7. Náusea ou desconforto abdominal;
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. Calafrios ou ondas de calor;
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento);
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo);
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”;
13. Medo de morrer.
O ataque de pânico ocorre por um desequilíbrio no mecanismo de medo normal das pessoas. Frente a um perigo real, grave e iminente, o organismo dos seres humanos se preparara para lutar, fugir ou paralisar, que são as três possibilidades de enfrentar algo amedrontador. Em qualquer situação destas ocorre uma descarga abrupta de hormônios, tais como adrenalina e noradrelina, que são oriundos do chamado sistema simpático, sendo por isto este fenômeno denominado de descarga simpática. Trata-se de um instinto de sobrevivência, uma vez que permite ao ser humano se defender dos perigos reais da vida. O ataque de pânico seria uma reação semelhante à reação aguda de medo normal, porém de intensidade muito maior e muito exagerada, ocorrendo na ausência de qualquer perigo.
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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