Esquemas são estruturas cognitivas que contêm as crenças mais profundas sobre nós mesmos, os outros e o mundo. Quando induzem a avaliações incorretas e enviesadas da realidade, provocando emoções, reações corporais e comportamentos negativos, são chamados de disfuncionais.
Exemplo de esquema disfuncional:
Negativismo/pessimismo
. O indivíduo foca nos aspectos negativos da vida, tais como perdas, morte, doença e decepção, ao mesmo tempo em que minimiza os aspectos positivos.
. Acredita que nada vai dar certo e que as conquistas atuais irão sucumbir a qualquer momento, sejam elas pessoais, profissionais ou financeiras.
. Catastrofiza muito e desconsidera o fato de que a grande maioria de suas preocupações não se confirmam.
. Tem medo exagerado de cometer erros, pois acredita que qualquer descuido pode levar a um grande revés ou mesmo a uma catástrofe. Por este motivo é hipervigilante, preocupado, tenso, urgente, apreensivo e indeciso. Ou seja, o padrão é de ansiedade.
. É comum o pensamento mágico de acreditar que esperar o pior é a melhor forma de prevenir a sua ocorrência.
. Não percebe que se um evento negativo tona-se realidade não se sentirá melhor por ter se preocupado com ele antes.
. Desconsidera que o preço pago pelo seu negativismo e pessimismo não se justifica e é alto demais, especialmente do ponto de vista da saúde mental e qualidade de vida.
. É excessivamente reflexivo.
. É comum que um dos pais ou os dois eram muito pessimistas e negativistas, características que o indivíduo acaba internalizando. Mais raramente ocorre porque a infância e/ou adolescência foram marcadas por dificuldades importantes, perdas e infortúnios. O indivíduo desenvolve o esquema pois acredita que o mundo é assim, perigoso e triste, independente de como eram os pais.
. Não é incomum haver diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo, Depressão ou algum Transtorno de Ansiedade.
Quando se resigna ao esquema: concentra-se apenas no negativo, desconsiderando o positivo. Está constantemente preocupado e tenso por medo de um revés ou então de cometer erros que, ao seu ver, poderão causar grandes infortúnios.
Quando evita o esquema: esquiva-se de responsabilidades e compromissos a fim de não sentir a pressão e preocupação intensa pelo fato de ter algo para ser feito. Usa bebidas alcoólicas e/ou drogas para relaxar.
Quando hipercompensa o esquema: é excessivamente otimista, do tipo “Poliana”, e nega realidades não positivas.
Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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