A teoria cognitivo-comportamental baseia-se em um pressuposto simples: sentimos conforme o que pensamos. Ou seja, a ocorrência ou não de sintomas, que são emoções e/ou reações corporais negativas, são decorrência da forma como interpretamos a realidade. Por exemplo, consideremos duas pessoas com desempenho semelhante e com avaliações no geral positivas no trabalho. Ao ouvir um comentário de seu chefe sobre algo que tenha feito errado, as consequências são diferentes conforme a forma como cada uma pensa, ou em outras palavras, interpreta este ativador. Alguém que pensar “certo, vou ser mais cuidadoso(a) na próxima vez, mas em geral estou desempenhando bem minhas funções porque minhas avaliações têm sido boas” certamente não terá emoções e/ou reações corporais negativas. Já outra pessoa, com baixa autoestima, poderá pensar “faço tudo errado mesmo, acho que não sirvo para nada, sou mesmo um(a) incompetente” terá emoções e/ou reações corporais negativas, ao que chamamos de sintomas.
Aqui cabe ressaltar algo muito importante: tais pensamentos são automáticos, ou seja, são involuntários e ocorrem independente da vontade do indivíduo. Também são disfuncionais, pois são uma forma distorcida, exagerada e geralmente desconsiderando evidências da realidade, de interpretar o ativador. Um simples comentário sobre um evento isolado no desempenho das tarefas de trabalho, e que faz parte das funções de um chefe, é compreendida como algo extremamente negativo.
Algumas pessoas têm dificuldade de identificar ou nomear suas emoções e reações corporais. Para auxiliá-lo neste ponto clique aqui.
A tabela Identificando Pensamentos Automáticos Disfuncionais com exemplos pode ser baixada pelo link abaixo (por ser arquivo Word você pode utilizá-lo para fazer a tarefa). Mais abaixo você encontra a figura da mesma tabela preenchida.
Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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