1. Introdução:
Apesar de o termo Fobia Social ter sido utilizado por muitos anos, atualmente a denominação correta é Transtorno de Ansiedade Social (TAS). Estima-se que aproximadamente 5% das pessoas adultas sejam portadoras desta condição. É o terceiro transtorno psíquico mais comum, ficando atrás apenas de depressão e dependência de álcool.
Estima-se que em torno de 8 a 13% da população seja portadora da condição. Como em outros transtornos de ansiedade e de humor, atinge mais o sexo feminino, numa proporção de 1,25 mulheres para cada homem. A idade média de início é 13 anos, com 75% dos portadores manifestando o diagnóstico entre 8 e 15 anos. Surge mais precocemente quando comparado a outros transtornos ansiosos e é raro iniciar na idade adulta.
Em geral existe uma grande dificuldade por parte do portador em perceber que o TAS é uma doença. Pelo fato de o transtorno iniciar muito cedo na vida, é comum acreditar tratar-se de um traço de personalidade não passível de mudança. Também tende a não perceber as grandes limitações que os sintomas impõem no funcionamento do seu dia a dia e na sua qualidade de vida. Problemas financeiros, prejuízos no trabalho e até incapacidade laboral, baixa performance acadêmica, evasão escolar, rede pobre de suporte social e uso abusivo de álcool e drogas são alguns exemplos das consequências negativas.
Estima-se que até 50% dos indivíduos acometidos não procuram tratamento, ou seja, metade dos portadores vivem em um sofrimento que poderia ser evitado. Entre os que buscam ajuda, estima-se que em média isto ocorra até 15 a 20 anos após o início do transtorno. O preconceito em relação a transtornos psíquicos colabora imensamente para este atraso.
O SPIN é um instrumento auxiliar no diagnóstico de TAS. Para respondê-lo clique aqui. Lembre-se: nada substitui a avaliação do psiquiatra.
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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