Esquemas são estruturas cognitivas que contêm as crenças mais profundas sobre nós mesmos, os outros e o mundo. Quando induzem a avaliações incorretas e enviesadas da realidade, provocando emoções, reações corporais e comportamentos negativos, são chamados de disfuncionais.
Formam-se precocemente na infância como uma forma primitiva de compreender a realidade quando as necessidades básicas de criança, que são segurança, autonomia, competência, senso de identidade, liberdade de expressão, espontaneidade, lazer, limites coerentes e autocontrole, não são atendidas.
Privação emocional:
. É um dos esquemas mais comuns e um dos mais difíceis de ser identificado.
. O indivíduo se sente privado de amor. É comum acreditar que não é especial para ninguém.
. Existe uma sensação constante de que as pessoas não estão interessadas na sua vida e nos seus sentimentos.
. Acredita que as pessoas são incapazes de lhe proporcionar cuidado, afeto, apoio e proteção.
. Tem a sensação de não ser realmente “ouvido” e compreendido pelas pessoas, especialmente no que se relaciona a seus sentimentos e necessidades. Por este motivo se sente perdido nos momentos em que necessita de conselhos e direcionamento.
. Tem dificuldades em expressar seus sentimentos e desejos e sente-se desconfortável quando os outros o fazem.
. Em muitos casos age como se não tivesse necessidades emocionais, podendo ser frio e distante em relacionamentos íntimos.
. Surge em famílias nas quais um dos pais ou os dois eram emocionalmente frios.
Quando se resigna ao esquema: realiza atividades sempre sozinho. Concentra-se nas diferenças em relação às outras pessoas e nunca nas semelhanças. Sente-se permanentemente desconectado.
Quando evita o esquema: afasta-se totalmente de situações sociais e de grupos por se sentir muito deslocado.
Quando hipercompensa o esquema: vive como um “camaleão”, fazendo de tudo para se adaptar a toda categoria de grupo.
Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves – Psiquiatra em Florianópolis e Caxias do Sul
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