1. Negativismo/Pessimismo:
. O indivíduo foca nos aspectos negativos da vida, tais como perdas, morte, doença e decepção, ao mesmo tempo em que minimiza os aspectos positivos.
. Acredita que nada vai dar certo e que as conquistas atuais irão sucumbir a qualquer momento, sejam elas pessoais, profissionais ou financeiras.
. Catastrofiza muito e desconsidera o fato de que a grande maioria de suas preocupações não se confirmam.
. Tem medo exagerado de cometer erros, pois acredita que qualquer descuido pode levar a um grande revés ou mesmo a uma catástrofe. Por este motivo, é hipervigilante, preocupado, tenso, urgente, apreensivo e indeciso. Ou seja, o padrão é o de ansiedade.
. É comum o pensamento mágico de acreditar que esperar o pior é a melhor forma de prevenir a sua ocorrência.
. Não percebe que se um evento negativo tona-se realidade não se sentirá melhor por ter se preocupado com ele antes.
. Desconsidera que o preço pago pelo seu negativismo e pessimismo não se justifica e é alto demais, especialmente do ponto de vista da saúde mental e qualidade de vida.
. Pode ser excessivamente reflexivo.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele com quem você tinha mais afinidade) ou os dois eram muito pessimistas e negativistas, características que você acabou internalizando. Mais raramente, ocorre porque a sua infância e/ou adolescência foram marcadas por dificuldades importantes, perdas e infortúnios. Entretanto, também pode ocorrer de você ter desenvolvido o ED pois acredita que o mundo é assim, perigoso e triste, independente de como eram os pais.
. Não é incomum haver diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno Depressivo Maior, Transtorno de Ansiedade Generalizada e/ou Transtorno do Pânico.
Quando se resigna ao ED: o indivíduo concentra-se apenas no negativo, desconsiderando o positivo. Está constantemente preocupado e tenso por medo de um revés, ou então de cometer erros que, ao seu ver, poderão causar grandes infortúnios.
Quando evita o ED: esquiva-se de responsabilidades e compromissos, a fim de não sentir a pressão e preocupação intensa pelo fato de ter algo para ser feito. Usa bebidas alcoólicas e/ou drogas para relaxar.
Quando hipercompensa o ED: é excessivamente otimista, do tipo “Poliana”, e nega realidades não positivas.
2. Inibição Emocional:
. O indivíduo inibe suas ações espontâneas, a expressão de sentimentos e a comunicação aberta e íntima no relacionamento com outras pessoas. Acredita que deve agir assim, pois, caso contrário, poderá ser criticado ou punido, perderá o controle e/ou passará vergonha.
. O autocontrole é mais importante que a intimidade nas relações.
. Enfatiza excessivamente a racionalidade, desconsiderando os aspectos emocionais das situações e dos relacionamentos.
. Tem dificuldades para perceber as próprias emoções, desejos e necessidades e também de comunicá-los. Não consegue sentir ou expressar raiva e impulsos positivos (alegria, afeto, excitação sexual, prazer, etc).
. Pode se apresentar como indiferente, contido, frio, reservado e/ou triste.
. Estende este controle emocional para os que estão à sua volta, tentando impedir que expressem seus sentimentos.
. Pode desenvolver raiva, que não é expressa diretamente, mas por meio da hostilidade.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele com quem você tinha mais afinidade) ou os dois tenham lhe humilhado, criticado e/ou punido quando expressava suas necessidades, desejos e sentimentos. Aprendeu que é “feio” manifestar-se de forma espontânea.
Quando se resigna ao ED: mantém-se contido e controlado, sem expressar emoções.
Quando evita o ED: evita situações em que sentimentos são expressos.
Quando hipercompensa o ED: tenta mostrar-se muito extrovertido, algumas vezes de forma exagerada.
3. Padrões Inflexíveis/Postura Crítica:
. O indivíduo dispensa constantemente muito esforço em todas as suas tarefas, a fim de atingir padrões internalizados muito elevados. Isto porque acredita ser isso o que deve ser feito e não apenas para receber aprovação ou reconhecimento.
. É perfeccionista, com necessidade de fazer tudo certo, da melhor forma possível e o mais rápido que puder. Preocupa-se muito com tempo e eficiência, o que pode causar exaustão física e psíquica.
. Apesar da impossibilidade da perfeição, está sempre se esforçando ao máximo na ilusão de que irá atingi-la.
. Desvaloriza continuamente o seu próprio desempenho, considerando-se sempre aquém do desejado. Como nunca sente que é ou faz o suficiente. Tem baixa autoestima.
. É comum ter a distorção cognitiva do tipo tudo ou nada: ou é perfeito no que faz ou então é um fracasso, sem meios-termos. Como ser perfeito é impossível, tende a se considerar sempre incompetente.
. Irrita-se com pequenos erros e deslizes, assim como quando não finaliza uma tarefa na velocidade extrema que se impõe.
. Como segue padrões internalizados, não muda de comportamento conforme a reação das pessoas, como no esquema de Busca de Aprovação/Busca de Reconhecimento. Mesmo que ninguém soubesse o que está fazendo, buscaria continuamente padrões elevados.
. Geralmente é viciado em trabalho. Frequentemente tem sucesso na sua área profissional, temendo perdê-lo se modificar seu ED.
. Pode ser narcisista e competitivo.
. Tem postura crítica em relação a si e aos outros e segue regras rígidas sobre o que é o certo em termos culturais, sociais, morais e, às vezes, religiosos.
. Não sente prazer com o sucesso, pois quando finaliza uma tarefa já está totalmente dedicado à próxima.
. Algumas vezes este esquema é uma hipercompensação do esquema de Defectividade/Vergonha.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele com quem você tinha mais afinidade) ou os dois tinham o mesmo ED.
Quando se resigna ao ED: o indivíduo se cobra excessivamente pela busca da perfeição em termos de performance e tempo. Supervaloriza altos padrões internalizados e regras rígidas morais, sociais, culturais e, às vezes, religiosas.
Quando evita o ED: posterga suas tarefas por medo do julgamento de seu desempenho.
Quando hipercompensa o ED: realiza tarefas de maneira descuidada e apressada.
4. Postura Punitiva:
. O indivíduo acredita que os próprios erros e os dos outros devam sempre ser punidos, independente das circunstâncias da situação em que ocorreram.
. Não consegue perdoar, pois desconsidera circunstâncias atenuantes e a própria imperfeição humana.
. Muitas vezes acredita não ser uma boa pessoa e por isso merecer ser castigado.
. Tem pouca compaixão por si e pelos outros.
. Pode ser intolerante, punitivo e impaciente com aqueles que não atendem às suas expectativas.
. Pode ocorrer no esquema Defectividade/Vergonha, quando o indivíduo se pune por sentir-se inferior ou “errado”.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele com quem você tinha mais afinidade) ou os dois tinham o mesmo ED.
Quando se resigna ao ED: trata a si mesmo e aos outros de forma dura e punitiva.
Quando evita o ED: esquiva-se das outras pessoas por medo de ser punido.
Quando hipercompensa o ED: comporta-se de forma exageradamente complacente.
Domínio I: Desconexão/Rejeição
Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
Domínio III: Limites Prejudicados
Domínio IV: Direcionamento para o Outro
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves
Médico Psiquiatra em Florianópolis, Mestre, PhD
CRM/SC 20397–RQE/SC 11560