1. Abandono/Instabilidade:
. O indivíduo tem a sensação de que a qualquer momento pessoas importantes na sua vida poderão abandoná-lo ou “trocá-lo” por outra(s).
. Muitas vezes o medo do abandono pode não ser muito claro, prevalecendo apenas o sentimento de que relacionamentos importantes cedo ou tarde terminarão.
. Apega-se em excesso a pessoas importantes pelo medo de perdê-las ou então se afasta delas para evitar o medo da perda.
. Tem dificuldades em suportar ausências de pessoas-chave.
. Quando abandonado, pode desenvolver Episódio Depressivo Maior e/ou apresentar altos níveis de ansiedade.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente a sua relação com um dos pais (aquele com quem tinha mais afinidade) ou os dois foi caracterizada pela inexistência de verdadeiros laços de afeto e atenção. Também pode ter ocorrido de um dos pais (aquele com quem tinha mais afinidade) ou os dois serem frios e distantes em relação a você ou então instáveis (em alguns momentos era(m) carinhoso(s) e em outros era(m) insensível(is) e ausente(s)).
Quando se resigna ao ED: escolhe parceiros(as) instáveis, não comprometidos(as), indisponíveis e com alta probabilidade de abandonar. Em geral, se apaixona obsessivamente por este tipo de pessoa.
Quando evita o ED: esquiva-se a todo custo de relacionamentos íntimos.
Quando hipercompensa o ED: agarra-se ao(à) parceiro(a) e o(a) sufoca, além de querer controlá-lo(a). É possessivo e ciumento.
2. Desconfiança/Abuso:
. O indivíduo teme que as pessoas irão usá-lo para fins egoístas.
. Tem a sensação de que acabará sendo manipulado, enganado, magoado, traído e/ou abandonado.
. Tende a acreditar que as pessoas estão sempre buscando satisfazer as suas próprias necessidades, mesmo que para tanto precisem prejudicar os outros.
. Geralmente está à procura de segundas intenções nas palavras e ações das outras pessoas.
. Devido à desconfiança, os relacionamentos geralmente são superficiais.
. Tem dificuldades em expressar sentimentos, pensamentos e mesmo a própria vulnerabilidade devido ao medo de isso ser usado contra ele, podendo passar a impressão de ser autossuficiente e de não necessitar dos outros.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente a sua relação com um dos pais ou os dois foi caracterizada por abusos emocionais, verbais, físicos ou sexuais.
Quando se resigna ao ED: relaciona-se com parceiros(as) abusadores(as).
Quando evita o ED: jamais se mostra vulnerável, não confia em ninguém e mantém segredos. Também pode evitar totalmente relacionamentos íntimos.
Quando hipercompensa o ED: usa e abusa das outras pessoas como forma de “ataque preventivo” (a melhor defesa é o ataque). Também pode testar a confiança e a lealdade das pessoas a todo momento.
3. Privação Emocional:
. É um dos esquemas mais comuns e um dos mais difíceis de ser identificado.
. O indivíduo se sente privado de amor. É comum acreditar que não é especial para ninguém.
. Existe uma sensação constante de que as pessoas não estão interessadas na sua vida e nos seus sentimentos.
. Acredita que as pessoas são incapazes de lhe proporcionar cuidado, afeto, apoio e proteção.
. Tem a sensação de não ser realmente “ouvido” e compreendido pelas pessoas, especialmente no que se relaciona a seus sentimentos e necessidades. Por este motivo, sente-se perdido nos momentos em que necessita de conselhos e direcionamento.
. Tem dificuldades em expressar os seus sentimentos e desejos e sente-se desconfortável quando os outros o fazem.
. Em muitos casos age como se não tivesse necessidades emocionais, podendo ser frio e distante em relacionamentos íntimos.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente a sua relação com um dos pais (aquele com quem tinha mais afinidade) ou os dois foi caracterizada pela distância emocional, falta de intimidade e ausência de afeto e consideração.
Quando se resigna ao ED: relaciona-se com parceiros(as) que o privam emocionalmente, que são frios(as), distantes e autocentrados(as). Não consegue expressar o que necessita do ponto de vista emocional.
Quando evita o ED: afasta-se totalmente de relacionamentos íntimos, pois acredita que suas necessidades de conexão emocional nunca serão satisfeitas.
Quando hipercompensa o ED: é extremamente exigente e carente, irritando-se facilmente sempre que suas necessidades não são atendidas. Ao solicitar algo das pessoas, é muito inflexível.
4. Defectividade/Vergonha:
. O indivíduo se sente inferior e muito defeituoso (defectivo).
. Em geral, tem vergonha de si mesmo.
. Por se sentir tão falho e sem valor acredita não ser merecedor de amor.
. Sente que a qualquer momento os outros perceberão a sua defectividade e o abandonarão.
. Frequentemente se isola, sendo que quanto mais distante fica dos outros, mais defectivo se sente.
. Acredita que as pessoas o criticam e desvalorizam, o que, na verdade, ele faz consigo mesmo.
. É hipersensível à crítica e à rejeição.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele com quem tinha mais afinidade) ou os dois constantemente lhe criticavam, julgavam, não valorizavam e/ou ridicularizavam.
Quando se resigna ao ED: relaciona-se com parceiros(as) que o diminuem, criticam, rejeitam e o tratam de forma abusiva. Compara-se com todo mundo, sempre se sentindo menos que os demais. Não aceita elogios.
Quando evita o ED: não se permite relacionamentos íntimos por medo de que sua defectividade seja percebida. Pode abusar de álcool e drogas.
Quando hipercompensa o ED: tem sentimentos de grandiosidade, de ser melhor que todo mundo, podendo chegar a ser narcisista. Critica e rejeita os outros enquanto aparenta ser perfeito. Também pode ser perfeccionista.
5. Isolamento Social/Alienação:
. Manifesta-se nos relacionamentos com amigos e grupos .
. O indivíduo se sente excluído pelos demais.
. Por se sentir “desligado” dos outros, tende a ser muito solitário.
. Considera-se muito diferente de todo mundo e tem grande dificuldade em se “enquadrar”.
. Considera muito improvável que se adapte a grupos sociais e profissionais e, quando está neles inserido, sente grande desconforto.
. Não consegue perceber que, embora se sinta diferente dos outros por algum motivo, existem incontáveis pessoas semelhantes, mesmo que não tão acessíveis.
. Se você se identificar com este ED, muito provavelmente um dos pais (aquele que orientava a sua educação) ou os dois foram muito isolados socialmente, seja por vontade própria ou por outros motivos, tais como ser muito rico, ser imigrante, pertencer a alguma religião pouco conhecida, etc.
. Em alguns casos, pode ter se desenvolvido tarde na sua infância ou na adolescência, quando você passou a se perceber diferente. Isso ocorre principalmente em pertencentes a grupos minoritários.
Quando se resigna ao ED: realiza atividades sempre sozinho. Concentra-se nas diferenças em relação às outras pessoas e nunca nas semelhanças. Sente-se permanentemente desconectado.
Quando evita o ED: afasta-se totalmente de situações sociais e de grupos por se sentir muito deslocado.
Quando hipercompensa o ED: vive como um “camaleão”, fazendo de tudo para se adaptar a toda categoria de grupo.
Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
Domínio III: Limites Prejudicados
Domínio IV: Direcionamento para o Outro
Domínio V: Supervigilância/Inibição
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Dr. Daniel Maffasioli Gonçalves
Médico Psiquiatra em Florianópolis, Mestre, PhD
CRM/SC 20397–RQE/SC 11560